Uso de forrageiras superiores são alternativas para mitigar baixa disponibilidade no período seco

Mudança de cultivar permite ao produtor um acréscimo de 0,8 UA e garante maior rentabilidade em uma época do ano desafiadora

Forrageiras superiores como alternativa para contornar a baixa disponibilidade e garantir maior rentabilidade no período seco

Na região de Brasil Central, principalmente no bioma Cerrado, a pecuária nacional vive o período da entressafra. Ou seja, há uma menor taxa de acúmulo de forragem nos pastos, devido à redução da temperatura e principalmente pela redução nas chuvas de abril a outubro. Nesse período pode-se ficar até meses com zero de precipitação. Para diminuir os efeitos da estacionalidade de produção, é preciso ajustar a oferta, reduzindo a carga animal ou usando estratégias para ter forragem, seja por diferimento ou forragem conservada.

 

Ainda dentro deste cenário, nos diferentes sistemas de produção pecuário, alternativas vêm sendo usadas para ter uma intensificação da produção animal, como a suplementação. Seja ela de baixo consumo (0,1 a 0,3% PV), passando por médio (0,3 a 0,5% PV), até as de alto consumo (1,0 a 2,0% PV). Nos últimos anos, cada vez mais se busca fazer a recria e engorda de animais em pastejo com uma suplementação de alto consumo. Para o uso dessa tecnologia, é necessário um bom planejamento e dimensionamento do sistema, além de estabelecer as metas zootécnicas e econômicas, sem deixar de lado o adequado ajuste da disponibilidade e qualidade de forragem.

 

Estes dois últimos pontos são muito importantes. A disponibilidade de forragem é determinante da capacidade de suporte das pastagens no período seco do ano, a partir do ajuste da oferta de forragem. Já a qualidade da forragem, determinará o nível de suplementação para alcançar as metas de ganho de peso animal.

 

Com forrageiras mais produtivas durante este período, a exemplo do cv. Sabiá (Brachiaria brizantha x Brachiaria ruziziensis), é possível usar o diferimento da pastagem e produzir até 0,8 toneladas de MS/ha de lâmina foliar a mais do que o cv. Marandu (Brachiaria brizantha), forrageira mais semeada no país. Esse aumento em disponibilidade de forragem permite ao produtor um acréscimo de 0,8 UA simplesmente por usar uma forrageira mais produtiva, permitindo maior rentabilidade em uma época do ano desafiadora. Além disso, o cv. Sabiá pode alcançar uma proporção de até 39,9% de lâmina foliar na composição da forragem, contra 28,7% no cv. Marandu, resultado este que pode proporcionar melhor desempenho animal devido a melhor qualidade da forragem.

 

Cultivar Sabiá, a Brachiaria exclusiva da Barenbrug do Brasil
Cultivar Sabiá, a Brachiaria exclusiva da Barenbrug do Brasil

 

Essa nova tecnologia permite estrategicamente mitigar a baixa disponibilidade de forragem no período seco do ano e o agropecuarista ter a possibilidade de intensificar sua produtividade e ter uma maior lucratividade no seu sistema de produção.

 

Artigo Técnico redigido por Ulisses Figueiredo, Líder do Programa de Desenvolvimento de Cultivares da Barenbrug do Brasil. Ulisses é Zootecnista (2009), Mestre (2011) e Doutor (2015) em Genética e Melhoramento de Plantas, todos os cursos pela Universidade Federal de Lavras.

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